sábado, 17 de outubro de 2009

...

Não entendi a ligação no meio do dia.
Atitude inesperada e sem direto à réplica. Quase um bombardeio.
Sumida - sim, ando sumida.
Viagem se aproximando, trabalho da pós e novidades. Tudo junto.
Alguns amigos para encontrar, dar conselhos, fofocar.
Ela também andou recebendo visitas, tem aula terças e quintas. Terapia às quartas.
Ela não quis ir ao circo, também não quis ir ao show.
Poderia dizer: saudade. quando vamos nos encontrar?
Poderia dizer: tá tudo bem?
Poderia ainda dizer: estou triste, ando precisando de mais atenção.
Mas disse tantas coisas e com tamanha rapidez que mal consigo lembrar as palavras.
Quase indignação por coisas da vida. Quase infantil, eu diria. Bom, eu disse.
Ela que durante meses não teve tempo nem para um café.
Eu que já pensei tudo o que ela disse tantas vezes.
E que nunca disse por entendimento.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Era pra ser.

Acho engraçado como o movimento entre pensamentos e acontecimentos se entrelaçam. Pensamentos e encontros. Encontros e acontecimentos. O filme que se encaixa perfeitamente para a questão do dia. E com o livro em leitura. Ler a mensagem de um amigo escrita há anos e encontrá-lo no mesmo dia na rua, assim de pura casualidade depois de muitos meses sem se ver. As pequenas coincidências que nos faz achar que foi o que era pra ser. O ímã que liga vidas diferentes através de pensamentos e vontades. A sensação que antecipa encontros. Alguns encontros que em momentos específicos constroem idéias quase óbvias da aleatoriedade da vida.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

... um dia em terras pernambucanas.

"com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída
entrar no ACASO e amar o PROVISÓRIO"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sobre não escrever

Coincide a época de falta de palavras e inspiração com um encontro silencioso e súbito. Coincide a época com atribulações, burocracias e expectativas em demasia. Coincide a época, ainda que com tanta agitação, com certa calmaria de fontes novas. Mas questiona-se se há alegria. A alegria também inspira. Mas, sim, a alegria é evidente nos sorrisos e nos planos. O novo recicla. A agitação manifesta-se também por palavras atropeladas e saltitantes. Mas por que não se escreve mais? Sinto falta das palavras dançantes, do contentamento da releitura e da tranqüilidade de transcrever.