quinta-feira, 30 de julho de 2009

Coisas de mummy...

Eu: Não aguento mais essa vida de trabalhar em escritório, queria trabalhar ao ar livre...
Ela: Por que não vende cachorro-quente na praça?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Grata.

Grata pela vida, pelos encontros e pela confirmação de sentimentos. Amigos: pérolas que o destino colocou em meu caminho. Amigos: irmãos que eu escolhi. Fui premiada muitas vezes, penso em cada um deles e sinto uma enorme gratidão. Agradeço por tê-los em meu caminho. Meus amigos que moram longe. Não nos falamos quanto gostaria, mas o sentimento convicto da amizade não se dissolve no tempo. É sempre tão bom vê-los de novo. Sempre tão bom saber que tudo continua exatamente onde deixei na última vez que os vi. Algumas relações não funcionam à distância: é o trabalho que consome, a vida social intensa, tantos livros para ler e tantas coisas a fazer. Mas o sentimento permanece intacto e forte. Inabalável. É a companhia boa, o silêncio agradável, as confidências, histórias de últimos acontecimentos e lembranças de uma época única em nossas vidas. Conhecemos tanto uns aos outros e resta sempre a certeza de que a escolha da amizade é irreversível. Os últimos minutos de truco pela alegria de estar juntos pagam a correria para não perder o vôo de domingo à noite.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Festa dançante

- Queria poder expressar tudo o que sinto em palavras. - (Suspiro) - Ah, você entende?
- Sim, sim, eu entendo.

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- Eu nunca te vi tão feliz.
- É eu estou feliz. – (Pausa) – Hoje estou enterrando um amor.
(Abraço)
(Dança)
- Vou pegar mais uma cerveja.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Hide and Seek

De repente, você se vê envolta de sentimentos que já nem sabia que existiam. Mexe-se em um passado distante e quase esquecido e eis que ele ressurge forte e avassalador. Sente-se pelas lágrimas que lhe querem saltar dos olhos, do aperto no coração, das lembranças de tempos felizes. Tempos atrás.

Decepção. Sim, foi decepção, mas não foi morte. Não foi fim. Sente-se como se o sentimento em coma ensaiasse um arrastar pelo chão; distraído, como quem aprende a caminhar.

Como podemos esconder tão bem os sentimentos? Escondemo-los até de nós mesmos a ponto de acreditar com veemência que não existem mais. Será possível escondê-los por toda a vida ou será que sempre será chegado o momento em que eles lhe surpreendem, vivos e sóbrios? Por quanto tempo conseguimos ocultá-los a fim de nem percebê-los?

Mentimos tanto para nós que chegamos a crer que se extinguiram por completo, com tanta competência a ponto de nem mais senti-los. E, de repente, ele se revela.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Quereres - Caetano Veloso

Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alta, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és

Ah! bruta flor do querer
Ah! bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock’n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há e do que não há em mim

quarta-feira, 8 de julho de 2009

TANABATA: o encontro das estrelas

Diz a lenda japonesa, inspirada nas estrelas Vega e Altair, que no dia 07 de julho, a princesa tecelã Orihime e o pastor do gado Kengyu se encontram. A princesa e o pastor, que se encontrava do outro lado da Via Láctea, foram unidos pelo pai de Orihime, o Senhor Celestial. Após a união, os jovens se apaixonaram loucamente e não faziam nada além de estarem juntos. Como punição pela imprudência, o casal foi transformado em estrelas e separados pela Via Láctea: Vega e Altair. Ambos ficaram mergulhados em tristeza profunda e o pai, comovido, decidiu permitir um encontro anual no dia 07 de julho.

No dia do Tanabata, costuma-se escrever os pedidos e desejos em papéis coloridos (tanzaku) e amarrá-los nos bambus. Cada cor representa um tipo de pedido:

Amarelo: dinheiro
Azul: Proteção dos Céus
Branco: Paz
Rosa: Amor
Verde: Esperança
Vermelho: Paixão

A lenda diz que todos os desejos são atendidos no momento mágico do encontro entre Orihime e Kengyu.

É ou não é fofo?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Viva (,) a vida (!) (.) (...)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

( )

Prefiro estar em uma montanha russa que em terra firme, embora precise da terra firme para me dar segurança e estabilidade – e então, estar em uma montanha russa. Preciso de terra firme para voar sem limites, imaginar sem escrúpulos, sem culpa nem dó. Não é o sofrimento que me incomoda mais. O vazio é o que me incomoda, sem brilho e sem cor. O vazio é nada. Nada não fervilha, nada não inquieta, nada não ilumina. Nada não desencadeia sonhos nem simulações mirabolantes. Nada não traz fantasia, nem risos insanos, nem a alegria de poder voar. Nada é o vazio, é a ausência de todo e qualquer sentimento. Nada é desespero calmo, poço com fundo, sorvete sem calda. Nada é a normalidade em sua pior forma, não reluz, não dança nem faz careta. Estático, aguarda a chegada de uma enchente que lhe complete o que ficou vazio. O vácuo de sua infinita e lenta ignorância.